O dia 03/03 é marcado pelo Dia Mundial da Vida Selvagem, nessa data o secretário geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que existe uma obrigação moral de se preservar a Terra, de onde são extraídos os produtos essenciais a sobrevivência humana.
Vale lembrar que, além da importância do ambiente para a sobrevivência humana, a redução dos componentes naturais reduz o ambiente de sobrevivência de inúmeras espécies no planeta e nos faz pensar no que está acontecendo também em nosso país.
Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desmatamento da Amazônia no ano passado foi o pior dos últimos 10 anos, sendo que mais de 10 mil quilômetros de mata nativa foram perdidos no ano de 2021.
Infelizmente, o Brasil vem quebrando recordes no quesito desmatamento. Em 2020 foram perdidos mais de 8 mil quilômetros de mata nativa, já em 2021 houve um incremento de 29% segundo o dado apontado anteriormente. Esse desmatamento impacta o meio ambiente bem como todos os seres que vivam nele.
• Dentre as consequências do desmatamento, podemos citar:
Degradação de habitat – segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) existe um total de 1173 táxons ameaçados no Brasil (2014), sendo o principal motivo para isso o desmatamento do habitat natural dessas espécies. Dentro desse conjunto de táxons encontram-se 110 mamíferos, 234 aves, 80 repteis, 41 anfíbios, 353 peixes ósseos, 55 peixes cartilaginosos e 299 invertebrados.
Erosão – acelera o processo de degradação do solo, já que a exposição do mesmo o deixa mais suscetível a ação do sol, chuvas e ventos. A degradação do solo reduz a chance de recuperação do ambiente e aumenta a possibilidade de deslizamentos.
Aumento da produção de CO2 – como as árvores são agentes transformadores de CO2 a redução da vegetação impacta diretamente a concentração desse gás na atmosfera, o que contribui para o efeito estufa. Além disso, árvores são elementos de fixação de carbono, reduzindo esse elemento estamos contribuindo ainda mais com a modificação do clima no planeta.
No Dia Mundial da Vida Selvagem é o momento para o médico veterinário refletir em sua condição ímpar como agente modificador de opiniões. Sendo um profissional em íntima relação com o bem-estar das espécies, domésticas ou de produção, devemos refletir sobre os impactos da influência humana sobre o meio ambiente.
O médico veterinário pode tomar o papel de agente educador e de conscientização sobre o problema. É importante que todas as pessoas entendam as consequências da perda da mata nativa e da biodiversidade para o futuro do planeta e também da nossa espécie.
Além disso, como agentes também diretamente ligados a produção animal, o médico veterinário tem a oportunidade de pesquisar alternativas produtivas que estejam associadas a iniciativas de proteção ao ambiente, inclusive sendo essa uma demanda crescente no mercado consumidor.
Outra forma do médico veterinário atuar diretamente no problema é via projetos de recuperação de espécies, como agente educador e como responsável pela sanidade dos animais.
No Dia Mundial da Vida Selvagem, cabe a reflexão sobre o que podemos fazer para reduzir os impactos que nosso estilo de vida tem sobre o meio ambiente e como o profissional médico veterinário é uma peça chave na resolução desse problema.
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