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Um olhar de experiência para você que ainda está na graduação

Escutar o que um profissional com experiência, é uma das melhores maneiras de encontrar um caminho para iniciar a profissão. Por isso, a VeteduKa, com todos os seus professores especialistas em suas áreas, e com grande reconhecimento no mercado, traz para você o formato de entrevista, colocando o olhar desse profissional com o intuito de inspirar você.

Hoje, entrevistamos o Medico Veterinário Diogo Ferreira, formado na UFPR, ele realizou residência na UTP na área da Anestesiologia Veterinária, e não parou por ai. Fez especialização em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais . Hoje trabalha como professor da Veteduka, docente do curso de medicina veterinária da UTP, e coordenador do curso.

Em toda entrevista que fiz sempre foi analisado o currículo, tanto as coisas que fiz, como as que não consegui fazer...

P: Ao fim da graduação você se sentia inseguro quanto ao início da tua carreira?
R: Sim, apesar de durante a graduação ter participado da rotina do hospital veterinário da UFPR e de sempre ter feito estágio fora da universidade, sentia que havia falta de algo e entendi que esse algo era experiência. 

P: Você acha que construir um currículo desde cedo é importante? Como o aluno pode fazer isso?
R: Em toda entrevista que fiz sempre foi analisado o currículo, tanto as coisas que fiz, como as que não consegui fazer, então diria que o currículo é primordial para uma colocação no mercado e quanto mais cedo se iniciar o preparo desse currículo para sua área de interesse melhor o currículo será avaliado.

P: Faz sentido fazer cursos de atualização desde a graduação? Cursos EAD podem ser uma opção?
R: Com certeza. Eu entendo que um professor universitário tem a missão de mostrar um caminho, existem aquelas pessoas que seguiram o caminho apenas pelas instruções dadas, mas o profissional que chama a atenção do mercado é aquele que não se contenta com isso e vai além. Sempre sugiro que as pessoas busquem mais informações pelas suas áreas de interesse e os cursos a distância são uma ótima forma de se atualizar com professores experientes e, muitas vezes, que tem ideias que complementem e ampliem aquelas apresentadas em sala de aula

O programa de residência ou aprimoramento profissional é mais voltado para as necessidades do mercado de trabalho, sendo que nesse programa existe dedicação muito grande à rotina, como nos plantões que fazemos ao se formar.

Estar preparado para o plantão é essencial!

P: Você considera a realização da tua residência ter sido importante na tua carreira? Porque? Qual o principal beneficio que ela trouxe?
R: Eu sou muito grato pela oportunidade que tive durante a residência. A experiência adquirida não apenas me ensinou a trabalhar melhor como médico veterinário e anestesista, mas também me ajudou a ser um solucionador de problemas, a pensar fora do óbvio e buscar soluções para situações singulares. Além disso, os contatos que adquiri durante a residência, de professores que já eram conhecidos pelo mercado, me ajudaram a conseguir minha primeira colocação fora do programa de residência. Particularmente, em um estágio que fiz na argentina, no final do programa de residência, me fez perceber que o programa do qual participei me deixou muito preparado, inclusive sendo um fato apontado pelos orientadores do estágio na universidade de Buenos Aires. O período de residência é de muito aprendizado, mas não se engane, esse período é tão bom quanto sua dedicação ao programa.

P: Quando e porque optou pela especialidade que atua?
R: Só optei pela especialidade no final da graduação, estava me preparando para outra área anteriormente, mas surgiram oportunidades na área de anestesiologia e resolvi aproveitar. Depois de entrar no programa me dediquei a mostrar aos orientadores que eles não se decepcionariam com minha aprovação e me atualizei o máximo possível dentro da especialidade.

P:Os focos de quem quer fazer residência ou mestrado são diferentes? Qual o foco de cada um desses programas?
R: Inicialmente eu diria que são diferentes. O programa de residência ou aprimoramento profissional é mais voltado para as necessidades do mercado de trabalho, sendo que nesse programa existe dedicação muito grande à rotina, como nos plantões que fazemos ao se formar. Os programas de mestrado e doutorado são voltados para pesquisa e ensino, muito mais interessante para aqueles que seguirão a docência, entretanto, vale lembrar que possuir uma residência aumenta a pontuação de currículo e as chances de entrada em uma vaga de mestrado.

Para o médico veterinário o desafio está em trazer um serviço de qualidade baseado em conhecimento e experiência para um público cada vez mais exigente.

P: Quando resolver empreender?
R: Já fui sócio em duas empresas, atualmente estou desligado de ambas, precisei focar meus esforços na docência. Todo veterinário deveria ter uma noção de empreendimento, até para entender quais as necessidades de uma empresa e quais atitudes auxiliam na manutenção da saúde da empresa.

P: O desafio para começar a empreender foi mais relacionado a recursos financeiros, ou ao medo de não dar certo?
R: Principalmente medo, mas acho que isso vem muito do não conhecimento do empreendedorismo. Muitos médicos veterinários, inclusive que possuem clínicas, não entendem o que é empreender e como manter a empresa funcionando. Atualmente existem cursos que podem te ajudar a tomar essas decisões, mas no final sempre fica aquela ponta de apreensão.

P: Quais são os horizontes de evolução da sua especialidade?
R: A anestesiologia veterinária e o intensivismo (área correlata) estão vivendo um período de grande expansão e novos desafios. O anestesista que acha que usar inalatório é a técnica mais segura está com seus dias contados e o intensivista que não conseguir avaliar e tirar proveito de um exame de hemogasometria terá muita dificuldade, esses são dois exemplos de como precisamos nos aprimorar cada vez mais. O futuro dessas duas áreas é vasto e as perspectivas são enormes: ventilação mecânica, unidade de terapia intensiva, bloqueios guiados com neurolocalizador ou ultrassonografia, o uso de ecocardiografia transoperatória e na beira de leito, além de outras técnicas que já estão em uso em alguns centros e que serão difundidos brevemente.

P: E os desafios da medicina veterinária?
R: Para o médico veterinário o desafio está em trazer um serviço de qualidade baseado em conhecimento e experiência para um público cada vez mais exigente. Continuar a se aprimorar mesmo tendo uma rotina de trabalho pesada. E principalmente, identificar o que deve ser feito para que a empresa, na qual estou trabalhando, cresça, lembre-se sempre que quanto maior for o crescimento do local no qual você trabalha maior será o seu crescimento profissional.

Eu gostaria de finalizar dizendo que o período de residência ou aprimoramento é um período de grande aprendizado, mas também é um período de muito trabalho. Esteja pronto para fazer pequenos sacrifícios e foque no aprendizado, não fique apenas na mesmice, aprenda, inove, discuta e cresça para assim ser notado pelo mercado.

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